quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Galeria dos Prefeitos de Juquiá.

      Prefeitos de Juquiá desde sua emancipação politica até os dias atuais.

1ª Legislatura 1949 a 1952 – Olímpio adorno Vassão.
Vice - Rosalino Trigo.
Vereadores:
01-Abel de Oliveira Vassão.
02-Amaro Veiga Martins.
03-Belmiro do Vale.
04-Geraldo Figueiras.
05-Isaías Martins de Oliveira.
06-Joaquim Alves Carneiro Junior.
07-Joaquim Camargo Junior.
08-José Miadaira.
09-Liberato Lino Muniz.
10-Mário Tamada.
11-Octaviano Constante de Oliveira.
12-Walter de Brito Rangel.
13-Williz Banks Leite.
2ª Legislatura1953 a 1956 -   Prefeito Francisco Haytzmann.
Vereadores: 
01-Antonio Adriano Sanches.
02-Darwille Zicardi.
03-Francisco Dias De Oliveira.
04-Joaquim Ribeiro Chaves.
05-Jose Miadaira.
06-Manoel Soares da Costa.
07-Olimpío Adorno Vassão.
08-Silvano Geraldo Hase.
09-Stélio Barbosa Soares.
10-Venâncio Marques Patrício.
11-Willis Banks Leite.



3ª LEGISLATURA 1957 a 1960 - Prefeito Olímpio Adorno Vassão.
Vereadores:
01-Matatias Vassão.
02-Antonio José de Souza Filho.
03-Cézero Florêncio.
04-Hitoshi Omiya.
05-José Camargo de Andrade.
06-Seiske Hanashiro.
07-Manoel Soares da Costa.
08-José Teixeira.
09-João Calisto Barbosa.
10-Henrique Morato de Pontes.
11-Pedro Vieira de Camargo.


4ª LEGISLATURA 1961 a 1962 - Prefeito Francisco Haitzmann.
Vice - Prefeito José Miadaira.
Vereadores:
01-Ozi Vieira.
02-Hitoshi Omiya.
03-Antônio José de Souza Filho.
04-Manoel Soares da Costa.
05-Seiske Hanashiro.
06-Armando Jaze.
07-Ivaldo Machado Soares de Araújo.
08-Geraldo da Silva Ribeiro.
09-Mário Tamada.
10-Jacyr Apollo dos Santos.
11-José Talib / Lincoln G. de Adorno Vassão.

Histórico: Francisco Haytzamann legislou de 1961/1962, por ter feito uma inscrição para fiscal de renda em Santos foi aprovado e chamado para ocupar o cargo, deixando a prefeitura para seu vice José Miadaira.
Vale lembrar que ele segundo amigos próximos da época assumiu a prefeitura em condições difíceis com os funcionário sem pagamentos e que eram encaminhados por ele para comprar o necessário em um em um armazém na época.
Para que não deixasse o mandato para o seu sucessor com pendencias feita por ele; o Sr. Francisco quitou a divida da prefeitura com o armazém, oferecendo sua casa no centro da cidade o qual foi aceito pelo dono do armazém.
Assim feito deixou a prefeitura sem pendências e tudo em perfeita ordem para seu vice.
Obs: Relatei esse fato porque quando o Sr. Francisco voltou à Juquiá e tentou o seu terceiro mandato à prefeitura esse fato foi muito explorado por seus concorrentes, dizendo que ele havia abandonado a prefeitura no passado.

1962 a 1965 - Prefeito José Miadaira
Vice - Prefeito



5ª LEGISLATURA 1965 a 1969 - Prefeito Manoel Soares da Costa
Vice - Prefeito Nelson Salvador.
Vereadores:
01-Seiske Hanashiro.
02-Jacyr Apollo dos Santos.
03-Armando Jaze.
04-Geraldo da Silva Ribeiro.
05-Tamiro Matsussue.
06-Manoel Alves Patricío.
07-Said Apaz.
08-Abdias Francisco Florêncio.
09-Zanita Yamamoto.
10-Erasmo Franco de Oliveira.
11-Matatias Vassão.

6ª LEGISLATURA 1969 a 1973 - Prefeito Nelson Salvador, nascido 03/02/1931 em Campinas SP, falecido 09/09/2014.
Vice - Prefeito Manoel Alves Patrício
Vereadores:
01-José Talib.
02-Mário Tamada.
03-Waldir Sega.
04-Said Apaz.
05-Elias Rocha.
06-Armando Jaze.
07-João Filippini Junior.
08-Octácilio de Magalhães.
09-Geraldo da Silva Ribeiro. 




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7ª LEGISLATURA 1973 a 1977 - Prefeito Manoel Soares da Costa.
Vice - Prefeito Erlito Ferreira Cavalcante.
Vereadores:
01-Armando Jaze.
02-Benedito Jayme.
03-Geraldo da Silva Ribeiro.
04-Jacyr Apollo dos Santos.
05-Joaquim Ribeiro Chaves.
06-Joel Pereira de Camargo.
07-José Talib.
08-Ozi Vieira de França.
09-Queied Jaze.

8ª LEGISLATURA 1977 a 1983 - Prefeito Erlito Ferreira Cavalcante,nascido 08/09/1939 CE, falecido em 12/04/2014.
Vice - Prefeito Antonio José de Souza Filho. 
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 Vereadores:
01-Abdlhamid Hedjazi.
02-Antonio Correia de Aguiar.
03-Armando Jaze.
04-Edevardes de Souza.
05-Osvaldo Florêncio / Erasmo F. Oliveira.
06-João de Oliveira Vassão.
07-José Carlos Miadaira.
08-Queied Jaze.
09-Waldomiro Florêncio.








9ª LEGISLATURA 1983 a 1989 - Prefeito Said Apaz, nascido 28/09/1943 Juquiá SP.
Vice - Prefeito Florisval Arteiro.
Vereadores:
01-Armando Jaze.
02-Bonifácio Modesto Pereira.
03-Ciro Pereira.
04-Elizeu de Oliveira Pontes.
05-Jorge Shimoi.
06-Leôncio Horácio Muniz.
07-Nelson Salvador.
08-Nilo Pereira de Jesus.
09-Osvaldo Camargo.
10-Queied Jaze.
11-Walter Lira Sobrinho.





10ª LEGISLATURA 1989 a 1993 - Prefeito Antonio Alonso, Natural de Mirassol 05/03/1952. Faleceu 26/12/2017.
Vice - Prefeito Salah Talib.
Vereadores:
01-Amém Gonçalves.
02-Azarias Sanches do Amaral.
03-Elizabeth Aparecida Soares Marchi.
04-Hitoshi Omiya.
05-Jessé José de Almeida.
06-José de Andrade da Nobrega.07-José Alvez Pereira.
08-Leôncio Horácio Muniz.
09-Manoel Antonio Patricio.
10-Paulo Donizete Batista.
11-Reginalice Nakao Ferreira da Silva.
12-Vera Lucia Guedes / Sérgio de J. Madeira.
13-Walter Lira Sobrinho.

11ª LEGISLATURA 1993 a 1997 - Prefeito Said Apaz, nascido 28/09/1943 Juquiá SP.
Vice - Prefeito Douglas Issamu Tamada.
Vereadores:
01-Abel Vieira.
02-Ademir Muniz Leite.
03-Adilson Neves Sanches.
04-Azarias Sanches do Amaral.
05-Benedito Antonio da Silva.
06-Eli Muniz de Lima.
07-Féliz Jaze.
08-Hitoshi Omiya.
09-Joarez Sanches Muniz.
10-Nelson Salvador.
11-Reginalice Nakao Ferreira da Silva.
12-Reinaldo Francisco de Souza.
13-Walter Lira Sobrinho.

 
 



12ª LEGISLATURA 1997 a 2001 - Prefeito Douglas Issamu Tamada.
Vice - Prefeito Yvete Miyoko Hattori
Vereadores:
01-Abel Vieira.
02-Ademir Muniz Leite.
03-Amém Gonçalves.
04-Azarias Sanches do Amaral.
05-Eunice da Silva Oliveira.
06-Jedias Hosana de Carvalho.
07-José Izidoro Dias (Tuchê).
08-José Luzia de Freitas (renuncia), / Maria Aparecida Cavalcante.
09-Júlio Akira Sakamoto
10-Luiz Antonio xoquito Zagui.
11-Maria Inês Martins Cavalcante.
12-Mário Sumida.
13-Walter Lira Sobrinho.
Suplentes que assumiram:
-Ercias Muniz de Lima.
-Manoel Vieira Sales.
-Ambrósio Régis Júnior.
-Aílton Martins.

13ª LEGISLATURA 2001 a 2004 - Prefeito Douglas Issamu Tamada
Vice - Prefeito Yvete Miyoko Hattori.

Vereadores:
01-Amém Gonsalves.
02-Hilton Souza Sanches.
03-Ismael Jaze Neto.
04-Jedias Hosana de Carvalho.
05-Joares Sanches Muniz.
06-Júlio Aquira Sakamoto.
07-Leôncio Horácio Muniz.
08-Libério Ferreira do Nascimento.
09-Maria Inês Martins Cavalcante.
10-Mário Sumida.
11-Neusa Neves Sanches.
12-Salvador Elias Kalid.
13-Samuel Teófilo de Vasconcelos Filho.

14ª LEGISLATURA 2005 a 2008 - Prefeito Manoel Soares da Costa Filho, nascido 30-05-1951 / 11-08-2012.
Vice -
Prefeito Neusa Neves Sanches

Vereadores:

01-Gilson Roberto de Barros Maciel (PL) - 340 votos
02-Said Apaz#* (PMDB) - 247 votos (Said Apaz foi prefeito duas vezes)
03-Menélio Stanoga Will (PSC) - 239 votos
04-Amém Gonçalves+ (PMDB) - 229 votos
05-Hilton Sanches** (PL) - 216 votos
06-Maria Aparecida Cavalcanti Vila Nova* (PTB) - 211 votos
07-Ercias Muniz de Lima* (PTB) - 211 votos
08-Carlos César de Oliveira (PSC) - 194 votos
09-Luiz Roberto do Nascimento (PMDB) - 157 votos


15ª LEGISLATURA 2009 a 2012 - Prefeito Mohsen Hojeije,nascido 05/01/1950 Libano/ZZ, nascionalidade brasileira naturalizada. 
Vice -
Prefeita Yvete Miyoko Hattori.
Vereadores:
01-Ademir Muniz Leite.
02-Ercias Muniz de Lima.
03-José Isidoro Dias.
04-Lício de Souza Brígido.
05-Márcio Gomes da Silva.
06-Maria Inês Martins Cavalcante.
07-Nazem Jaze.
08-Paulo Bezerra de Lima.
09-Renildo de Oliveira Costa.

16ª Legislatura 2013 a 2016 - Prefeito Mohsen Hojeije, nascido 05/01/1950 Libano/ZZ, nacionalidade brasileira naturalizada.
Vice - Reginalice Nakao Ferreira da Silva, nascida 17/09/1954, brasileira nata.

Vereadores:

01-Tadeu Pereira do Amaral. (PR)
02- Ercias Muniz de Lima. (PSB)
03-Claudio Sousa dos Santos. (PTB)
04- Amen Gonçalves. (PP)
      Jose Antonio Freire.
05- Antonio Xavier Cavalcante.(PSDB)
06- Maria Inês Martins Cavalcante.(PMDB)
07- Adão Albano Alves. (PSD)
      Fabiano Aparacido Teixeira.
08- Elenice Rodrigues Dias Pereira. (PMDB)
09- Pablo Rodrigo da Silva Lara. (PCdoB)
10- Luis Roberto Nascimento. (DEM)
      Ronaldo Oliveira Marcelino.
11- Vander Gonçalves Branco. (PSDC)































17ª  Legislatura 2017 a 2020 - Prefeito: Renato Lima Soares nascido 01/07/1971, Juquiá SP.
Vice: Gilberto Tadashi Matsusue nascido 18/11/1970, Juquiá SP.


Vereadores:

01-Ronaldo de Oliveira Marcelino. (DEM)
02- Fabiano dos Santos Oliveira. (PSDB)
03-Roberto de Sousa Alves.(PMDB)
04- Nazem Jaze. (PMDB)
05- Fabiano Aparecido Teixeira.(PEN)
06- Lazaro Anunciação dos Santos.(PSDB)
07- Antonio Xavier Cavalcante.(PSDB)
08- Jose Antonio Freire. (PRB)
09- Pablo Rodrigo da Silva Lara. (PP)
10- Tadeu Pereira Amaral. (PR)
11- Jose Maria Lemos Soares. (DEM)
Dados de www.eleicoes2016.com.br/.



terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Construção da torre da Igreja católica de Juquiá.

     Após trinta e nove anos da inauguração da nova Igreja matriz, no dia quatro de novembro de 2012 é dado inicio da fundação para as obras da construção da Torre da Igreja que terá da base ao topo quinze metros.
     Será aos moldes da nossa antiga e saudosa Igreja demolida em 1973, com destaque para o nosso Santo padroeiro Santo Antônio, o Sino a novidade é um relógio central e nas laterais anjos.
     Obra realizada com esforço e muito empenho da Comunidade, colaboração de fiéis e pessoas simpatizantes com o resgate da nossa memória histórica.
     Empresários do Vale do ribeira e da cidade de Juquiá também estão empenhados para a realização do projeto fazendo generosas doações o qual podemos destacar um por ser cidadão conhecido mundialmente o Rei do futebol Pelé.
     A previsão para a inauguração do projeto com festejos e missa de inauguração será dia treze de junho de 2013 dia do nosso padroeiro Santo Antônio, "Se Deus quiser" palavras ditas pelo Padre Antônio Joyabal, organizador e incentivador para tornar realidade esse tão sonhado projeto.
 


19/01/2013.

domingo, 17 de junho de 2012

Antiga Casa Paroquial de Juquiá.

Visão da antiga casa paroquial visualizada do parquinho do Jardim de Juquiá, 1ª praça ano de 1959, uma pracinha muito frequentada pela criançada da época.
Infelizmente não se fazem praça como antigamente.
Foto: Acervo de Pedro Antonho ele é o garotinho na gangorra ao alto.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Inicío exportação da banana em Juquiá.

O incio da exportação da banana em Juquiá se deu através de fazendeiros japoneses que alavancaram a cultura e colocaram a fruta em lugar de destaque assim como a nossa região.
Trabalho duro como podemos ouvir em muitos relatos de agricultores antigos e uma época de ouro com  grande vontade de desenvolver a região e a agricultura que por décadas esteve no topo dos negócios.
Segue enfim a história de um desses fazendeiros que foi um grande propulsor de tudo isso:
Shiguetsuma Furuya.
Junho de 1876 (9º ano da era Meiji)
Junho de 1967 (42º ano da era Showa)
     Jornalista, diplomata e fazendeiro.
     Nasceu em Higashi Uwa gum, província de Ehime.
     Diplomou-se em Doshisha, atual Universidade de Doshisha.
     Após passagem pela empresa Mitsubishi, tornou-se repórter do periódico Kokumim Shimbum.
     Quando o então reino do Havaí negou o desembarque de emigrantes japoneses, para lá seguiu a bordo da belonave Naniwa.
     Persuadiu o proprietário do jornal Soho Tokutomi e matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Michigan.
     Após a formatura, em 1902 (35º ano da era Meiji), foi aprovado no exame de diplomata e cônsul.
     Foi sub secretário às ordens do embaixador Gonsuke Hayashi na Coréia e por ocasião da guerra russo-japonesa foi encarregado de informações secretas.
     Teve cargo também na Bélgica, onde tornou-se secretário de 2ª classe da embaixada na Grã Bretanha.
     Exerceu o cargo de Cônsul Geral em Otawa (Canadá).
     Após servir como secretário conselheiro na embaixada em Washington, assumiu a chefia de Exportação e Importação do Ministério do Exterior.
     Como o mesmo departamento cuidava da emigração, passou a preocupar-se as restrições aos imigrantes japoneses por parte dos USA.
     Passou a interessar-se pela emigração ao Brasil e, defendeu a idéia da emigração permanente, não de trabalhadores temporários (dekassegui).
     Em 1922 (11º ano da era Taisho) ocupou o cargo de embaixador Plenipotenciário no México.
     Em 1926 exerceu cumulativamente o cargo de Embaixador Plenipotenciário na Argentina, Paraguai e Uruguai.
     No regresso ao Japão, licenciou-se por aproximadamente três semanas para viagem de observação ao Brasil. Passou a crer firmemente que o Brasil, país sem preconceito racial, era o lugar mais indicado para emigração.
     De volta ao Japão, recusou promoção para cargo melhor e pediu demissão.
     Em outubro de 1929 (4º ano da era Showa) deixou o Japão e, viajando através da Sibéria e Europa, desembarcou em Santos como imigrante, em dezembro daquele ano.
     Dedicou-se ao cultivo da banana e ao plantio de eucalipto na linha Santos - Juquiá, em Cedro(fazenda I), Raposo Tavares (fazenda II), e no desvio Furuya (fazenda III).
     Em 1931 (6º ano da era Showa) iniciou-se como exportador de banana.
     Em 1935 10º ano da era Showa) tornou-se presidente do conselho Deliberativo da Dojinkai ( Sociedade de Assistência Médica), presidente da Comissão para a construção do Hospital Japonês (atual Hospital Santa Cruz), posteriormente, presidente do Conselho do mesmo Hospital.
     Outrossim, do mesmo ano até 1938 (13º ano da era Showa), passou a lecionar na USP ( Universidade de São Paulo), no Curso de Cultura Japonesa (muitos alunos, posteriormente, ascenderam a posições proeminentes na sociedade e prestaram grandes serviços no intercâmbio cultural entre as duas nações).
     De 1936 até 1938 exerceu a presidência do Kyoiku Fukyukai (sociedade para a divulgação do ensino da língua japonesa).
     Em 1941, devido a Segunda guerra Mundial, o Brasil e o Japão tornaram-se beligerantes, impossibilitando a continuidade da exportação, motivo pelo qual cedeu a firma para brasileiro.
     Durante a guerra, foi posto sob vigilância das autoridades brasileiras como personalidade importante.
     Em 1946 (21 ano da era Showa) sofreu atentado do Shindo-Remmei (extremistas que criam na vitória).
     Divulgava a derrota aos japonêses e descendentes.
     Em 1947, inaugurou a Taiyo-do (Livraria do Sol); mais tarde cedeu-a para Yoshio Fujita.
     Em 1954, chamou o sobrinho para assumir a direção da Fazenda de Cedro (Sr. Tsunao).
     Faleceu em São Paulo.
     Condecorado post mortem com o 2º Grau da Ordem do Sol Nascente.
    
    Acervo: Toninha Patrício.
      


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Energia elétrica em Juquiá.

Transporte das peças para a montagem da usina.
Prédio da usina déc. 60.
Interior da usina em operação.
Até 1939 e 1945, em Juquiá não havia energia elétrica, como em grande parte do Brasil e vale do ribeira.
As casas eram iluminadas por lampiões a quereozene e não havia iluminação pública nas ruas.
Aproximadamente em 1950, a prefeitura instalou em um barracão, situado no local da atual Camara Municipal um motor a óleo que acionava um gerador que funcionava apenas poucas horas no início da noite e iluminava a parte central da cidade.
Motor esse, sujeito a avarias constante que o Sr. João Leite um factotum da prefeitura tinha muito trabalho para mante-lo funcionando.
A situação era assim também em muitos outros municípios do Vale do Ribeira.
Em 1955 foi construída em Juquiá a usina termo elétrica, um grande avanço e fornecia energia para grande parte da região.
Em 1956, chegaram os primeiros transformadores e a primeira casa a receber luz , foi a do Sr. Venâncio D. Patrício.
A usina no principio era administrada pela Uselpa, com a unificação das várias estatais, passou a denominar-se Chesp, (companhia hidro elétrica de São Paulo), com a mudança estatutária passou-se a denominar-se Cesp, (Companhia energética de São Paulo) e atualmente privatizada é Elektro.
A distribuição de energia foi interligada com a da Baixada santista e através dela com o resto do estado.
A nossa saudosa usina foi desativada a aparelhagem desmontada e a área foi cedida em comodato ao município de Juquiá.
Atualmente toda Baixada Santista e Vale do Ribeira é bem servida de energia elétrica e os lampiões viraram  peças de museu.

Fotos e fragmentos de texto do acervo: Toninha Patrício.



Um resumo sobre a Usina Termoelétrica de Juquiá, depois Usina Eng. Loyola!






          Breve histórico:

           Wellinghton Pinto Alves, era engenheiro eletricista, mecânico e civil, trabalhava na Cemig de BH e soube que em SP estavam procurando 3 engenheiros para executar os projetos de uma usina termoelétrica, e como ele tinha os três diplomas foi ao local e fez uma entrevista, foi enviado para conhecer Juquiá. Ao visitar o local viu que a região não tinha infra-estrutura nenhuma e que teria que ficar acampado no local e longe da família. Por isso ao voltar pediu um salário bastante alto até por eles contratarem um engenheiro, que faria todo o trabalho, em vez de três. Em 15 dias recebeu um telegrama com os dizeres: Proposta aceita.
          O projeto estava pronto, contrataram empresas para a parte civil, mecânica, subtransmissão e distribuição todas elas sob inteira responsabilidade e execução total do jovem eng. Wellinghton. Foi o inicio da realização de um sonho de desenvolvimento de todo o vale. Com essa responsabilidade chegou em 1957 e ali acampou com 300 trabalhadores para inicio das obras. O projeto superou dificuldades com esforços de todos e a Usina Termoelétrica do Vale do Ribeira foi inaugurada em 29/01/1959 pelo então secretário de obras do estado de São Paulo, Brigadeiro Faria Lima. Com muito trabalho, dedicação e responsabilidade o eng. Wellinghton Pinto Alves foi responsável por energizar o Vale do Ribeira.
           A Usina Termoelétrica do Vale do Ribeira tinha potência instalada de 10 megawatts e iria energizar inicialmente 11 cidades e depois da inauguração passou a 15 cidades. Todas as edificações, construção das linhas de transmissão de 69 kv e distribuição de 13,8 kv foram construídas em pouco mais de dois anos, incluindo um desvio na estrada de Ferro Sorocabana para trazer óleo de Santos e abastecer a usina.
           Funcionamento da Usina Termoelétrica: o óleo era feel oil que era trazido através da Sorocabana, deixado na usina, levado para o laboratório e tratado, - Tinha um motor de 200 Cv para a partida, usavam o feel oil para gerar gás e este gás iria movimentar a turbina para gerar energia, daí para transmissão e distribuição.
           Os equipamentos eram da americana Westinghouse e técnicos americanos da empresa vieram para o Brasil para transferir tecnologia para o engenheiro e técnicos que iriam operar a usina. Ficaram por volta de oito meses em Juquiá. Posteriormente a Usina teve seu nome alterado para Engenheiro Loyola.
           Esta usina foi fechada no fim dos anos 60, por ser uma energia extremamente cara e isso aconteceu quando as grandes hidrelétricas entraram em operação e o sistema foi interligado com o vale. Foi fechada, retirado os equipamentos, modernizada e hoje ela esta remontada no Mato Grosso e faz parte das Usinas Termoelétricas que entram em operação quando as usinas hidrelétricas estão gerando menos energia.

           Acervo Fotográfico da construção:








Eng. Wellinghton.

Eng. Wellinghton travessia balsa Registro


           Material e fotos todos cedidos do acervo de documentos pessoais do Eng.Wellinghton Pinto Alves por sua filha Ana Sofia Viana Alves.







     

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Campo de aviação em Juquiá.

Em 1945 com o término da segunda guerra, passou a haver algum progresso em Juquiá, surgindo a idéia da construção de um campo de aviação.
A finalidade do campo era para possibilitar os socorros de emergência a doentes graves, acidentes ofídicos, senhoras com parto difícil que era transportados em macas improvisadas, nos vagões de bagagem dos trens, para Sta. casa de Santos.
Olímpio Vassão queria que ele tivesse a dimensão que permitisse o pouso de bimotores DC-3, foi construído onde é hoje o campo da vila, por ser uma area alagadissa quando se mais precisava o campo estava submerso.
Além disso, a cidade por natureza cercada de morros e a construção da ponte e o aterro de acesso tornou-se obstáculos para a operação de aeronaves e após ser utilizado poucas vezes por monomotores, o campo foi desativado.
Fonte: Acervo de Toninha Patricio.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Hotel dos viajantes Juquiá.

Hotel dos viajantes em Juquiá construído para atender as necessidades de quem chegava a ultima parada do trem, como o nome já diz atendia pessoas que chegavam à cidade em busca de oportunidades para negócios e empregos.
Foto registra os tempos áureos do lugar que era de muita movimentação e acontecimentos.
Foto do arquivo família Fernandes.
José Fernandes da Silva.


domingo, 18 de março de 2012

Coleta de lixo na década de quarenta.

A tração animal sempre foi muito usado pelo homem em muitas tarefas, e para transportar todo tipo de mercadorias.
Em Juquiá na década de quarenta esse tipo de transporte era usado em muitas atividades e também como mostra a foto para a coleta de lixo, um trabalho rustico porém muito eficiente.
O tempo passou e o homem sempre em busca do progresso; todos segmentos se modernizaram e vem se modernizando e é muito bom poder resgatar o passado e deixar a imaginação fluir.
Foto cedida pelo Sr. José Fernandes.



terça-feira, 13 de março de 2012

Foto de 1914 de uma equipe que subiu o rio Juquiá para fazer o mapeamento hidrográfico da bacia do rio Juquiá.
Leia na integra o relato da viagem até a passagem por Juquiá e tenha uma noção como era a vida por aqui nessa época.

A´12 de junho do corrente anno partia desta capital a turma encarregada do levantamento hydrogrphico da bacia do rio Juquiá, seguindo via Santos, e ahi tomando o vapor Vitoria, do Lloyd Brasileiro, que a transportou a Iguape, de onde desembarcou no dia 13, às 2 horas da tarde.
Este dia manteve o céu encoberto e a 14 começou caindo uma chuva miuda e impertinente. O vapor Bento Martins, requisitado para transportar a turma até a barra do Juquiá e a da ribeira até a Xiririca, não pode fazer a viagem por estar concertando o leme.
Nos dias 15 e 17 continuou o mau tempo, reinando vento sul; entretanto, fizemos alguns preparativos de viagem, tendo esta marcada definitivamente para o dia 17, dia e hora a que effectivamente teve logar. Da cidade a bocca do vallo grande gastou o vapor 10 minutos e a percorrel-o 15, ao cabo dos quaes se encontra o porto da Ribeira, estuario ladoso e vasto. A beira do rio duas ruas irregulares prolongam-se, com tres caminhos para a estrada que vae para Iguape. Tanto a capella como as casas são velhas, algumas em ruínas, destacando-se, porém, um engenho de beneficiar arroz.
Proseguindo a viagem, anoiteceu já quando o vapor passavano Sapocoitaba, onde está a barra do furado do Enfadonho, pela esquerda; e foi pernoitar em frente á barra do rio Jacupiranga. Durante a noite foi agradavel a temperatura; o céu escuro.
A 18, pouco depois da 6 horas da manhã, o Bento Martins levantou ferro em direção á barra do Juquiá, verificando ter o primeiro a largura de 214 metros e o segundo de 78 metros.
No dia 20, apezar de achar-se o tempo bem nevoado, partimos da barra do Juquiá ás 8 1/2 da manhã; e já por ser o primeiro dia de serviço, já por ter necessidade de instruir o pessoal, percorremos apenas 6 K. 400, embora o rio permitisse visadas de 300 a 400 metros. Fizemos o pouso na fóz do rio Quilombo, onde tirámos sa secções transversaes deste rio e do Juquiá, encontrando neste a largura de 72 metros e naquelle a de 52. As principais aguas que hoje encontrámos, excptuando a do Quilombo, são os ribeirões do motta, do Barranco Alto e do Mimoso, este affluindo da direita e aquelles pela esquerda.
Os dois ultimos atravessam as lagôas dos mesmos nomes e que são deixas do rio Juquiá, isto é, leito antigo deste rio, modificado pelo povo para encurtar suas viagens. Ha ainda, no percurso feito hoje neste rio, uma outra lagôa, pela esquerda, a do Valerio, mas te tal modo se acha obstruida pelo capim, que nem a vimos e só um morador do local a poderia apontar. Da barra do Juquiá á barra do Quilombo, o rio corre no rumo N, entre varzeas alagadas e que frequentemente são inundadas pelas aguas do Ribeira e do Juquiá; e, effectivamente, verificámos que o povo aqui soffre com as enchentes dos rios, havendo grandes inundações periodicas. A de maio do anno passado subiu 3m 70; ha ainda lembrança de uma outra, occorrida ha uns 15 annos, e que levantou as aguas a 5m 56. As casas são verdadeiras habitações lacustres, construida a 4 metros do solo.
No dia 21, depois de termos almoçado, partimos ás 10 horas da manhã, percorrendo neste dia 9k 200, no rumo geral de E, mas com peguena inclinação para N; e neste percurso affluem: ao Juquiá os ribeirões do Alexandre, pela direita, e o de S. Domingos, pela esquerda, bem como, pela direita, o rio Ipiranga, que antes era affluente do Quilombo, mas que o povo para evitar uma grande volta, fez communicar directamente com o Juquiá. As margens deste rio são bordadas por fitas de capoeira, cuja a largura media é de 3 metros; para dentro, são extensas varzeas alagadas, brejos intransítaveis e inaproveitaveis.
A profundidade média do rio, nas suas margens, é de 3 metros; quanto á do canal, desconheço-a, mas vimos ser superior a 7 metros. Os ribeirões Alexandre e S. Domingos, já descriptos, são navegaveis, e proximo ao primeiro delles encontra-se muitos moradores.
A 22, ás 10 horas da manhã, partimos e ás 2 horas da tarde, detidos por forte garôa, fizemos pouso no sitío do Barrão, tendo percorrido 6k 000, na direcção geral NE, sem que afflua agua alguma e sendo o aspecto geral das margens identico ao do dia anterior, apenas apparecendo aqui e alli algumas insignificante plantação de canna, de que os moradores se servem para adoçar o café. Antes de chegar ao Barrão, ha uma ilha de arêa, com uns 50 metros de comprimento, a qual termina de fronte de uma volta do Juquiá ahi encurtada por um furado que reduziu de 90% o trajecto. Devido a este furado, a deixa do Juquiá formou uma lagôa, hoje conhecida pelo nome de Lagôa Nova; seguem-se-lhe a Lagôa do Barrão e a Lagôa da Boa Vista, parecendo ser esta a mais extensa e vae terminar proximo da encosta da Serra da Boa Vista, cordilheira comprida, porém pouco elevada. Esta lagôa encontra-se todas na margem direita do Juquiá e communicam entre si nas épocas de enchente.Não obstante trazermos barracas e os pousos não serem bons, não nos foi possivel armar aquellas, attentas as condições do terreno.
A 23, às 10 horas da manhã, apezar da garôa que caia, partimos do pouso; mas à 1 hora da tarde, tendo percorrido apenas 3k.000, na direção geral de L, fomos forçados a fazer pouso na barra do ribeirão fundo, porque a garôa se transformou em chuva. As margens do Juquiá continuam a ser bordadas pelas mesmas fitas de capoeira, porém mais viçosas. Neste trecho o rio é entremiado de pequenas praias e suas voltas são mais sucessivas, diminuindo o alcance das visadas. Também continuam os terrenos alagados e as lagôas.
Choveu durante toda a noite de 23 para 24 e também todo esse dia, pelo que não podemos proseguir. A`noite o céu appareceu estrelado.
A 25, às 9 1/2 da manhã, partimos do pouso. Começa o rio margeando a serra da Boa vista e continuam os brejos, mas já com intermittenciais. Percorremos neste dia 11k.000, na direcção de E para O, e neste trecho afflue apenas um ribeirão, o do Descalvado. Fizemos pouso no sítio das Onças, onde estava um homem mordido por cobra jararáca,mas a quem não vimos, por ser crença entre o povo que o enfermo visto por um estranho peiora!
A 26, bem cedo ainda partimos e pudemos chegar ás 5 horas da tarde, com um percurso de 16 k.000, á freguezia de Santo Antonio do Juquiá, no kil, 52,182.A viagem deste dia foi interessante, já pelas successivas e violenta voltas, que muito diminuem o alcance das visadas, já porque as serras se approximam tanto do rio, que alguns morros vêm morrer nelle, apparecendo nos barrancos diversos blocos de graníticos. Os fogões são mais proximos, e entre elles ha soffriveis casas de moradia, todas contruidas segundo o simples e desgracioso estylo primitivo.
O rumo geral do rio, no percurso deste dia, é de E para O; e o Juquiá conserva, desde sua barra no Ribeira até o povoação de Santo Antonio, a mesma largura e profundidade.
Passámos na frquezia o dia 27, ocupando-nos em serviços diversos, taes como visadas para as serras proximas e croquis das mesmas, levantamento da secção transversal do rio em frente ao porto e renovação de mantimentos, para chegar até à Prainha.  O Juquiá tem aqui a largura de 112 metros e a profundidade maxima de 3 1/2, quando todo o canal daqui para baixo é bem mais fundo e dizem-nos daqui para cima também.
A povoação de Santo Antonio nada offerece de notavel, a não ser a absoluta falta de ruas ou largos; nas noites escuras os moradores não podem communicar-se entre si, sem se munirem de lanternas. Ha , sómente na povoação e circumvisinhanças, umas 100 creanças de ambos os sexos; mas nenhuma das escolas creadas se achava provida. Existem apenas 8 casas, das quaes 3 lojas de negócio; tem tabém a capella, que é terrea, velha e desgraciosa, desguarnecida de ornatos e alfaias.
A 28, dia lindissímo, partimos às 9 horas da manhã.....
     Daqui em diante a expedição seguiu rio acima em direção ao rio São Lorenço para continuar o mapeamento e os trabalhos de medições.
     Trabalho hidrográfico execultado por João P. Cardoso (chefe da comisão).
      Secretário da agricultura, Dr. Carlos J. Botelho.
      Histórico pesquizado no Museu Pedro de Castro Laragnoit em Miracatu SP.