domingo, 17 de junho de 2012

Antiga Casa Paroquial de Juquiá.

Visão da antiga casa paroquial visualizada do parquinho do Jardim de Juquiá, 1ª praça ano de 1959, uma pracinha muito frequentada pela criançada da época.
Infelizmente não se fazem praça como antigamente.
Foto: Acervo de Pedro Antonho ele é o garotinho na gangorra ao alto.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Inicío exportação da banana em Juquiá.

O incio da exportação da banana em Juquiá se deu através de fazendeiros japoneses que alavancaram a cultura e colocaram a fruta em lugar de destaque assim como a nossa região.
Trabalho duro como podemos ouvir em muitos relatos de agricultores antigos e uma época de ouro com  grande vontade de desenvolver a região e a agricultura que por décadas esteve no topo dos negócios.
Segue enfim a história de um desses fazendeiros que foi um grande propulsor de tudo isso:
Shiguetsuma Furuya.
Junho de 1876 (9º ano da era Meiji)
Junho de 1967 (42º ano da era Showa)
     Jornalista, diplomata e fazendeiro.
     Nasceu em Higashi Uwa gum, província de Ehime.
     Diplomou-se em Doshisha, atual Universidade de Doshisha.
     Após passagem pela empresa Mitsubishi, tornou-se repórter do periódico Kokumim Shimbum.
     Quando o então reino do Havaí negou o desembarque de emigrantes japoneses, para lá seguiu a bordo da belonave Naniwa.
     Persuadiu o proprietário do jornal Soho Tokutomi e matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Michigan.
     Após a formatura, em 1902 (35º ano da era Meiji), foi aprovado no exame de diplomata e cônsul.
     Foi sub secretário às ordens do embaixador Gonsuke Hayashi na Coréia e por ocasião da guerra russo-japonesa foi encarregado de informações secretas.
     Teve cargo também na Bélgica, onde tornou-se secretário de 2ª classe da embaixada na Grã Bretanha.
     Exerceu o cargo de Cônsul Geral em Otawa (Canadá).
     Após servir como secretário conselheiro na embaixada em Washington, assumiu a chefia de Exportação e Importação do Ministério do Exterior.
     Como o mesmo departamento cuidava da emigração, passou a preocupar-se as restrições aos imigrantes japoneses por parte dos USA.
     Passou a interessar-se pela emigração ao Brasil e, defendeu a idéia da emigração permanente, não de trabalhadores temporários (dekassegui).
     Em 1922 (11º ano da era Taisho) ocupou o cargo de embaixador Plenipotenciário no México.
     Em 1926 exerceu cumulativamente o cargo de Embaixador Plenipotenciário na Argentina, Paraguai e Uruguai.
     No regresso ao Japão, licenciou-se por aproximadamente três semanas para viagem de observação ao Brasil. Passou a crer firmemente que o Brasil, país sem preconceito racial, era o lugar mais indicado para emigração.
     De volta ao Japão, recusou promoção para cargo melhor e pediu demissão.
     Em outubro de 1929 (4º ano da era Showa) deixou o Japão e, viajando através da Sibéria e Europa, desembarcou em Santos como imigrante, em dezembro daquele ano.
     Dedicou-se ao cultivo da banana e ao plantio de eucalipto na linha Santos - Juquiá, em Cedro(fazenda I), Raposo Tavares (fazenda II), e no desvio Furuya (fazenda III).
     Em 1931 (6º ano da era Showa) iniciou-se como exportador de banana.
     Em 1935 10º ano da era Showa) tornou-se presidente do conselho Deliberativo da Dojinkai ( Sociedade de Assistência Médica), presidente da Comissão para a construção do Hospital Japonês (atual Hospital Santa Cruz), posteriormente, presidente do Conselho do mesmo Hospital.
     Outrossim, do mesmo ano até 1938 (13º ano da era Showa), passou a lecionar na USP ( Universidade de São Paulo), no Curso de Cultura Japonesa (muitos alunos, posteriormente, ascenderam a posições proeminentes na sociedade e prestaram grandes serviços no intercâmbio cultural entre as duas nações).
     De 1936 até 1938 exerceu a presidência do Kyoiku Fukyukai (sociedade para a divulgação do ensino da língua japonesa).
     Em 1941, devido a Segunda guerra Mundial, o Brasil e o Japão tornaram-se beligerantes, impossibilitando a continuidade da exportação, motivo pelo qual cedeu a firma para brasileiro.
     Durante a guerra, foi posto sob vigilância das autoridades brasileiras como personalidade importante.
     Em 1946 (21 ano da era Showa) sofreu atentado do Shindo-Remmei (extremistas que criam na vitória).
     Divulgava a derrota aos japonêses e descendentes.
     Em 1947, inaugurou a Taiyo-do (Livraria do Sol); mais tarde cedeu-a para Yoshio Fujita.
     Em 1954, chamou o sobrinho para assumir a direção da Fazenda de Cedro (Sr. Tsunao).
     Faleceu em São Paulo.
     Condecorado post mortem com o 2º Grau da Ordem do Sol Nascente.
    
    Acervo: Toninha Patrício.