Transporte das peças para a montagem da usina.
Prédio da usina déc. 60.
Interior da usina em operação.

As casas eram iluminadas por lampiões a quereozene e não havia iluminação pública nas ruas.
Aproximadamente em 1950, a prefeitura instalou em um barracão, situado no local da atual Camara Municipal um motor a óleo que acionava um gerador que funcionava apenas poucas horas no início da noite e iluminava a parte central da cidade.
Motor esse, sujeito a avarias constante que o Sr. João Leite um factotum da prefeitura tinha muito trabalho para mante-lo funcionando.
A situação era assim também em muitos outros municípios do Vale do Ribeira.
Em 1955 foi construída em Juquiá a usina termo elétrica, um grande avanço e fornecia energia para grande parte da região.
Em 1956, chegaram os primeiros transformadores e a primeira casa a receber luz , foi a do Sr. Venâncio D. Patrício.
A usina no principio era administrada pela Uselpa, com a unificação das várias estatais, passou a denominar-se Chesp, (companhia hidro elétrica de São Paulo), com a mudança estatutária passou-se a denominar-se Cesp, (Companhia energética de São Paulo) e atualmente privatizada é Elektro.
A distribuição de energia foi interligada com a da Baixada santista e através dela com o resto do estado.
A nossa saudosa usina foi desativada a aparelhagem desmontada e a área foi cedida em comodato ao município de Juquiá.
Atualmente toda Baixada Santista e Vale do Ribeira é bem servida de energia elétrica e os lampiões viraram peças de museu.
Fotos e fragmentos de texto do acervo: Toninha Patrício.
Um resumo sobre a Usina Termoelétrica de Juquiá, depois Usina Eng. Loyola!
Breve histórico:
Wellinghton Pinto Alves, era engenheiro eletricista, mecânico e civil, trabalhava na Cemig de BH e soube que em SP estavam procurando 3 engenheiros para executar os projetos de uma usina termoelétrica, e como ele tinha os três diplomas foi ao local e fez uma entrevista, foi enviado para conhecer Juquiá. Ao visitar o local viu que a região não tinha infra-estrutura nenhuma e que teria que ficar acampado no local e longe da família. Por isso ao voltar pediu um salário bastante alto até por eles contratarem um engenheiro, que faria todo o trabalho, em vez de três. Em 15 dias recebeu um telegrama com os dizeres: Proposta aceita.
O projeto estava pronto, contrataram empresas para a parte civil, mecânica, subtransmissão e distribuição todas elas sob inteira responsabilidade e execução total do jovem eng. Wellinghton. Foi o inicio da realização de um sonho de desenvolvimento de todo o vale. Com essa responsabilidade chegou em 1957 e ali acampou com 300 trabalhadores para inicio das obras. O projeto superou dificuldades com esforços de todos e a Usina Termoelétrica do Vale do Ribeira foi inaugurada em 29/01/1959 pelo então secretário de obras do estado de São Paulo, Brigadeiro Faria Lima. Com muito trabalho, dedicação e responsabilidade o eng. Wellinghton Pinto Alves foi responsável por energizar o Vale do Ribeira.
A Usina Termoelétrica do Vale do Ribeira tinha potência instalada de 10 megawatts e iria energizar inicialmente 11 cidades e depois da inauguração passou a 15 cidades. Todas as edificações, construção das linhas de transmissão de 69 kv e distribuição de 13,8 kv foram construídas em pouco mais de dois anos, incluindo um desvio na estrada de Ferro Sorocabana para trazer óleo de Santos e abastecer a usina.
Funcionamento da Usina Termoelétrica: o óleo era feel oil que era trazido através da Sorocabana, deixado na usina, levado para o laboratório e tratado, - Tinha um motor de 200 Cv para a partida, usavam o feel oil para gerar gás e este gás iria movimentar a turbina para gerar energia, daí para transmissão e distribuição.
Os equipamentos eram da americana Westinghouse e técnicos americanos da empresa vieram para o Brasil para transferir tecnologia para o engenheiro e técnicos que iriam operar a usina. Ficaram por volta de oito meses em Juquiá. Posteriormente a Usina teve seu nome alterado para Engenheiro Loyola.
Esta usina foi fechada no fim dos anos 60, por ser uma energia extremamente cara e isso aconteceu quando as grandes hidrelétricas entraram em operação e o sistema foi interligado com o vale. Foi fechada, retirado os equipamentos, modernizada e hoje ela esta remontada no Mato Grosso e faz parte das Usinas Termoelétricas que entram em operação quando as usinas hidrelétricas estão gerando menos energia.
Acervo Fotográfico da construção:
Eng. Wellinghton.
Eng. Wellinghton travessia balsa Registro