quinta-feira, 24 de maio de 2012

Energia elétrica em Juquiá.

Transporte das peças para a montagem da usina.
Prédio da usina déc. 60.
Interior da usina em operação.
Até 1939 e 1945, em Juquiá não havia energia elétrica, como em grande parte do Brasil e vale do ribeira.
As casas eram iluminadas por lampiões a quereozene e não havia iluminação pública nas ruas.
Aproximadamente em 1950, a prefeitura instalou em um barracão, situado no local da atual Camara Municipal um motor a óleo que acionava um gerador que funcionava apenas poucas horas no início da noite e iluminava a parte central da cidade.
Motor esse, sujeito a avarias constante que o Sr. João Leite um factotum da prefeitura tinha muito trabalho para mante-lo funcionando.
A situação era assim também em muitos outros municípios do Vale do Ribeira.
Em 1955 foi construída em Juquiá a usina termo elétrica, um grande avanço e fornecia energia para grande parte da região.
Em 1956, chegaram os primeiros transformadores e a primeira casa a receber luz , foi a do Sr. Venâncio D. Patrício.
A usina no principio era administrada pela Uselpa, com a unificação das várias estatais, passou a denominar-se Chesp, (companhia hidro elétrica de São Paulo), com a mudança estatutária passou-se a denominar-se Cesp, (Companhia energética de São Paulo) e atualmente privatizada é Elektro.
A distribuição de energia foi interligada com a da Baixada santista e através dela com o resto do estado.
A nossa saudosa usina foi desativada a aparelhagem desmontada e a área foi cedida em comodato ao município de Juquiá.
Atualmente toda Baixada Santista e Vale do Ribeira é bem servida de energia elétrica e os lampiões viraram  peças de museu.

Fotos e fragmentos de texto do acervo: Toninha Patrício.



Um resumo sobre a Usina Termoelétrica de Juquiá, depois Usina Eng. Loyola!






          Breve histórico:

           Wellinghton Pinto Alves, era engenheiro eletricista, mecânico e civil, trabalhava na Cemig de BH e soube que em SP estavam procurando 3 engenheiros para executar os projetos de uma usina termoelétrica, e como ele tinha os três diplomas foi ao local e fez uma entrevista, foi enviado para conhecer Juquiá. Ao visitar o local viu que a região não tinha infra-estrutura nenhuma e que teria que ficar acampado no local e longe da família. Por isso ao voltar pediu um salário bastante alto até por eles contratarem um engenheiro, que faria todo o trabalho, em vez de três. Em 15 dias recebeu um telegrama com os dizeres: Proposta aceita.
          O projeto estava pronto, contrataram empresas para a parte civil, mecânica, subtransmissão e distribuição todas elas sob inteira responsabilidade e execução total do jovem eng. Wellinghton. Foi o inicio da realização de um sonho de desenvolvimento de todo o vale. Com essa responsabilidade chegou em 1957 e ali acampou com 300 trabalhadores para inicio das obras. O projeto superou dificuldades com esforços de todos e a Usina Termoelétrica do Vale do Ribeira foi inaugurada em 29/01/1959 pelo então secretário de obras do estado de São Paulo, Brigadeiro Faria Lima. Com muito trabalho, dedicação e responsabilidade o eng. Wellinghton Pinto Alves foi responsável por energizar o Vale do Ribeira.
           A Usina Termoelétrica do Vale do Ribeira tinha potência instalada de 10 megawatts e iria energizar inicialmente 11 cidades e depois da inauguração passou a 15 cidades. Todas as edificações, construção das linhas de transmissão de 69 kv e distribuição de 13,8 kv foram construídas em pouco mais de dois anos, incluindo um desvio na estrada de Ferro Sorocabana para trazer óleo de Santos e abastecer a usina.
           Funcionamento da Usina Termoelétrica: o óleo era feel oil que era trazido através da Sorocabana, deixado na usina, levado para o laboratório e tratado, - Tinha um motor de 200 Cv para a partida, usavam o feel oil para gerar gás e este gás iria movimentar a turbina para gerar energia, daí para transmissão e distribuição.
           Os equipamentos eram da americana Westinghouse e técnicos americanos da empresa vieram para o Brasil para transferir tecnologia para o engenheiro e técnicos que iriam operar a usina. Ficaram por volta de oito meses em Juquiá. Posteriormente a Usina teve seu nome alterado para Engenheiro Loyola.
           Esta usina foi fechada no fim dos anos 60, por ser uma energia extremamente cara e isso aconteceu quando as grandes hidrelétricas entraram em operação e o sistema foi interligado com o vale. Foi fechada, retirado os equipamentos, modernizada e hoje ela esta remontada no Mato Grosso e faz parte das Usinas Termoelétricas que entram em operação quando as usinas hidrelétricas estão gerando menos energia.

           Acervo Fotográfico da construção:








Eng. Wellinghton.

Eng. Wellinghton travessia balsa Registro


           Material e fotos todos cedidos do acervo de documentos pessoais do Eng.Wellinghton Pinto Alves por sua filha Ana Sofia Viana Alves.







     

14 comentários:

  1. Esse lugar também traz à memória um dos momentos de minha formação acadêmica, o início dos estudos.
    Professores, há muito anos e muitos anos (rsrs), nos levaram para um passeio cultural para conhecer a antiga "Usina de Juquiá", me recordo até hoje do ônibus escolar azulzinho que saiu em frente a Pré-escola Maria do Carmo...tomamos muito leitinho fornecido pela "Vaca Mecânica".
    Ta aí, Seu João, poderia fazer post sobre a Vaca Mecânica.

    #Ficadica

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  2. José Fernandes da Silva1 de julho de 2012 às 07:03

    A construção do prédio na Usina, foi projeto de Oscar Nyemeier.

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    1. O prédio até a data de hoje encontra-se abandonado e esquecido por tantos administradores da cidade de Juquiá/SP, mas no que depender do esforço do(IDEC-CEOTAN)Instituto de Proteção e Defesa Civil Corpo de Emergências e Operações Táticas Nacional, Organização de caráter de ajuda humanitária a qual eu sou comandante, com certeza estaremos muito empenhado através de parcerias com Associações,ONGS, Empresas, Profissionais liberal e Voluntários, para que seja uma estrutura na qual abrigará todas as modalidades de cursos, nas áreas humanitárias de Busca Resgate e salvamento,Saúde, e de Ensinos Técnicos Profissionalizantes onde será referencia no Vale do Ribeira, colocando cidade nas mídias; E estando em reunião com prefeito Sr: Merce, á procura para a 1° SCN, sede do comando Nacional do IDEC-CEOTAN, foi a mim apresentado no inicio do mês de maio 2013, pelo Eng° Sr Marcos Vinicius da secretaria do meio ambiente da cidade, esta verdadeira e magnifica obra que é a antiga (Usina Termo Elétrica, Estação de Juquiá/SP) CMTE: SILVA 2° Comandante de Operações Táticas Nacional.

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    2. Olá, há alguma evidência ou referência que aponte que o Oscar Niemeyer tenha feito o projeto? Já pesquisei na internet mas não encontrei. Obrigada.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Meu pai foi o responsável pela construção desta usina. Ele era eng. eletricista, mecânico e civil. Foi o responsável pela construção de toda a usina, de A a Z, e não vi em nenhum momento o nome dele citado. Tenho fotos de toda a construção, etapa por etapa. Tenho fotos da inauguração, etc. O nome dele: Wellinghton Pinto Alves. Ele energizou todo o vale do Ribeira e se dedicou a isso por muito tempo.

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    1. Olá Ana Sofia Viana Alves, o nosso intuito ao criar essa postagem como outras aqui no blog é resgatar a história, em nossas pesquisas encontramos muito pouco.
      Por isso não postamos porque não encontramos nada só essas fotos cedida por amigos, mas temos o maior prazer de estar publicando suas fotos e citando o seu pai e com sua ajuda falando do seu grande trabalho.
      Precisamos resgatar nossa história e tudo relacionado a isso é muito importante.
      Está também sendo feito um trabalho dos alunos de Registro em construções e edificações que me procuraram para saber mais da construção mas não tenho mais nada além disso.
      Só a pouco descobri o verdadeiro nome da usina Eng. Loiola estou juntando um pouco mais de documentos para postar.
      Todos alunos engenheiros e professores ficaram surpresos como foram feita a construção e como se mantem embora sem conservação.
      Seria muito importante postar sobre seu pai e colocar essas fotos históricas da construção.
      Obrigado: João Carlos.

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  5. Gostaria de entrar em contato com o dono de blog

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  6. Olá João Carlos, como poderíamos entrar em contato sem colocar meu ou o seu email ou telefones aqui??

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  7. Encontrei várias pessoas com o seu nome e não sei qual deles é vc. Pode me adicionar, meu nome é o mesmo que está aqui!!! Moro em Minas mas já morei na usina qdo pequena e tb em Registro.

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  8. Muito bom conhecer essa história toda, sou filho de um dos primeiros funcionários da Uselpa em Juquiá, fora admitido em 1960 e veio se se aposentar na mesma empresa em 1987 já com o nome de CESP na cidade de Cabreúva, Meu Pai (José domingues de Morais - Mais conhecido na cidade de Juquiá como "Zeca Patrício" fez parte dessa história,,, Meus parabéns João Carlos por esse belo trabalho.

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  9. Joao precisava com urgencia entra em contato com você pra falar sobre a usina como faço para entra em contato se puder me add no face edineide silva foto com meu netinho.no perfil obrigada mais é muito urgente.

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  10. Paulo Antonio Fritelli27 de julho de 2020 às 12:11

    Boa Tarde. Acabei relembrando que meu tio, engº Guilherme Loyola de Oliveira, emprestou seu nome à Usina "Usina engº Loyola". Era Diretor do DAAE na época.

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